A Brawn apronta… e sem a Honda!

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Jenson Button mostrou que Brawn não tem medo de cara feia.

O tricampeão mundial de Fórmula 1, Nelson Piquet, tocou em um ponto importante em sua coluna publicada pelo jornal “Lance!” desta segunda-feira. A chegada da crise financeira à F-1 e a consequente saída das montadoras da categoria podem dar um novo fôlego e promover o retorno das chamadas equipes independentes no certame. Leia-se Williams, Red Bull, Toro Rosso e a mais nova representantes deste grupo, a Brawn. O que parecia ser uma tendência irremediável há alguns anos, parece se tornar agora a coisa menos provável a acontecer para os próximos anos.

E a Brawn foi, hoje, a protagonista da principal surpresa dos testes coletivos relizados em Barcelona, na Espanha, com Jenson Button, que levou o carro novo à pista. Button fechou o dia com o 4º melhor tempo, ao cravar 1min21s140. O melhor tempo ficou com alemão Nick Heidfeld (BMW), que marcou 1min20s338. Heidfeld foi 0s570 mais rápido do que Kimi Raikkonen (Ferrari), o 2º melhor do dia. O terceiro tempo pertenceu ao italiano Jarno Trulli, da Toyota.

Piquet diz em sua coluna que a entrada da nova equipe de Ross Brawn prova que, cada vez mais, a F-1 retornará para o predomínio das “independentes”, ou de garagem como alguns chamam. Vale lembrar que algumas das equipes mais vitoriosas da categorias foram estas independentes, como Lotus, Brabham, Tyrrell, Williams, McLaren – antes de ter como parceira a Mercedes-Benz – entre tantas outras. Além disso, elas foram responsáveis pelo salto tecnológico que a categoria viveu nos anos 70 e 80. Na década de 80 até o fim da década de 90, a Ferrari era a única equipe que poderia se considerar de fábrica, pois já era propriedade da Fiat.

O tricampeão diz ainda: “tem de se tirar o chapéu para todos estes fatos, assim como tem de se reverenciar a raça de uma equipe que mesmo em face das maiores dúvidas continuou desenvolvendo um carro”, declarou, em sua coluna. Piquet está coberto de razão.

Se a Brawn conseguir obter sucesso, justo no primeiro ano sem a participação da Honda, será um grande alento para as independentes sobreviveram, assim como os funcionários que deram a cara a tapa e foram, no peito e na coragem, sem a ajuda milionária da Honda, encarar o desafio de manter uma equipe, desenvolver seu carro e torná-lo competitivo. Quero crer que dará certo, apesar das adversidades que, com certeza, enfrentará. Times como a Williams, agradecem. E a F-1 também.

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