Eddie, o folclórico

Em tempos de presença maciça de grandes montadoras e seu estrito profissionalismo, onde não há espaços para sequer um sorriso, uma figura já deixa saudades nos paddocks da Fórmula 1, apesar de não ter tanto tempo assim que saiu. Falo de Eddie Jordan, folclórica figura que comandou uma equipe com seu nome entre 1991 e 2004.

O irlandês Eddie é uma figuraça. Sempre com sua indefectível peruca, o chefe-de-equipe incomum marcava a categoria com seus festas com direito à sua própria banda de rock enquanto os pilotos descansavam um pouco da pesada rotina d treinos e corridas. Outro destaque da presença de Eddie eram as maravilhosas modelos contratadas por ele que freqüentavam os pits com uniformes da equipe (digo uniformes porque é um nome mais comportado...).

Eddie teve seu grande dia no Grande Prêmio da Bélgica de 1998, quando seus pilotos, Damon Hill e Ralf Schumacher ficaram em 1º e 2º lugar. A primeira vitória da equipe veio logo com dobradinha. Mas o melhor estava por vir. No ano seguinte, o alemão Heinz-Harald Frentzen venceu três provas e colocou a Jordan em 3º lugar no Mundial de construtores.

A alegria durou pouco, contudo. A partir de 2000 começou o calvário do time. Uma participação muito ruim naquele ano, assim como nos três anos que viriam a seguir. A última vitória conquistada pela Jordan foi no GP do Brasil de 2003, quando Giancarlo Fisichella acabou sendo declarado vencedor em uma prova totalmente complicada, com vários acidentes e abandonos.

No fim de 2004, com dinheiro faltando, Eddie anunciou a venda da equipe para o grupo russo Midland. O nome Jordan se manteve para o ano seguinte, mas em 2006, passou a se chamar Midland. Era previsível, pois a presnça de Eddie era o que mantinha a equipe como legítima Jordan.

O grande feito de Eddie Jordan, no entanto, foi fora das pistas. Foi ele quem lançou, no Grande Prêmio da Bélgica de 1991, Michael Schumacher (foto ao lado). Isso porque seu piloto principal, Bertrand Gachot, se envolveou em uma confusão no trânsito e acabou no xadrez. Sem Gachot, Eddie não teve escolha: lançou aquele que dentro de poucos anos seria o heptacampeão mundial.

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