Há 20 anos...



Há 20 anos, o Brasil tinha como presidente da República, José Sarney, e vivia às turras com uma hiperinflação que atingia quase 80% ao mês. O desastre do Bateau Mouche levou consternação e tristeza, no dia do Ano Novo e a Aids começava a levar, aos montes, vários artistas doentes. O país se perguntava: "quem matou Odete Reutmann"? O futebol estava por baixo, com um jejum de 18 anos de ganhar nada. O Bahia foi campeão da Copa União e o Zico vivia com seus problemas de contusão no Flamengo. Mas foi em outro esporte que um brasileiro começou a despontar: seu nome era Ayrton Senna.

Em 30 de outubro de 1988, Senna conquistou o Mundial de Fórmula 1 pela primeira vez e logo em seu primeiro ano na McLaren que tinha o melhor carro da categoria. Após deixar a Lotus, Senna tinha agora em suas mãos tudo o que sonhou. O melhor carro na melhor fase de sua carreira.

Com o objetivo em mente, Senna lutou para conquistar o primeiro título da F1. Superou seu companheiro de equipe, o então bicampeão mundial, Alain Prost, com quem travou um duelo histórico. O Grande Prêmio do Japão de 1988, foi um verdadeiro show. Após ficar parado no grid, Senna dá início a uma verdadeira recuperação, saindo do 19º lugar e que só terminar após tomar a liderança da corrida de Alain Prost, antes mesmo da metade da prova, e vencê-la.

Mas Ayrton tinha consigo uma bela equipe por trás. A associação McLaren-Honda foi uma das mais vitoriosas da história da Fórmula 1. Os propulsores japoneses ofereciam à McLaren confiabilidade e potência. Tanto que Senna e Prost ganharam 15 das 16 corridas do ano.

No fim do ano, Senna estava em vantagem. Bastaria vencer o GP do Japão para ser campeão. E foi o que fez. Ali, naquela corrida, nascia o mito. Senna ainda foi campeão em 90 e 91. Quando morreu, em 1994, era o melhor piloto da F1 e muito provavelmente teria sido campeão outras vezes.

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