Despedida melancólica

Quando estreou na Fórmula 1, em 1994, o escocês David Coulthard (foto ao lado) era considerado um piloto bastante promissor. Fora contratado pela Williams no ano anterior como piloto de testes e com a morte de Ayrton Senna teve o hercúleo trabalho de substituir o brasileiro, tricampeão e considerado um dos maiores de todos os tempos, senão o maior.

Foi uma tarefa espinhosa, mas dentro de suas possibilidades, Coulhard a desempenhou e muito bem, diga-se de passagem. Naquele mesmo ano de 94, dividiu o cockpit da Williams com Nigel Mansell, que retornara da Fórmula Indy para trazer um pouco de ânimo à F1 com a fatídica morte de Senna.

No ano seguinte, 1995, Frank Williams optou por contar com Coulhard em tempo integral, ao lado de Damon Hill, elevado oficialmente à condição de primeiro piloto. O escocês fez um bom campeonato, mas foi na McLaren, a partir de 96, que realmente desabrochou.

Mas eis que o piloto ficou à sombra do finlandês Mika Hakkinen, que conquistou dois títulos com as Flechas Prateadas: 1998 e 99, fora o vice-campeonato de 2000. Coulthard ficou na McLaren até meados desta década e desde que assumiu um lugar na Red Bull, vem perdendo sua motivação e hoje já não é nem mais sombra do que já foi considerado um dia.

Restam duas provas para o fim do campeonato e para o fim da carreira do escocês na Fórmula 1. Infelizmente, esta tem tudo para ser uma despedida melancólica. O acidente logo no início do GP do Japão, em Fuji, mostrou bem isso. Por outro lado, com o carro que tem, o escocês não tem realmente muito o que fazer. É uma pena.

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