A estranha sina dos pilotos da Indy na Fórmula 1

Os pilotos que passaram pela Fórmula Indy – seja pelo nome de Champ Car ou de Indy Racing League – enfrentam há tempos uma estranha sina: mesmo campeões nos Estados Unidos, são raros os casos de pilotos que conseguem ter uma carreira de sucesso na Fórmula 1. O último caso recente de sucesso é o Jacques Villeneuve. Campeão da Indy em 1995, trocou de categoria no ano seguinte e em 97, foi campeão do mundo de Fórmula 1. Mesmo assim, saiu da F1 pela porta dos fundos em 2006.

O mais recente piloto que atravessou o atlântico em busca de sucesso na Europa é o do francês Sebastien Bourdais, que pode estar com os dias contados na Toro Rosso. Tetracampeão na Champ Car, Bourdais chegou como uma boa aposta na filial da Red Bull e começou bem na etapa inicial da temporada. Depois, passou 11 corridas sem pontuar e pode até ser demitido após o GP da Itália, marcado para o próximo domingo.

Caso se confirme, Bourdais será mais um a se dar mal na Europa. O irônico disto é que ele é justamente um piloto europeu, logo seria mais razoável que ele se adaptasse melhor à F1, que é uma categoria essencialmente européia.

Não é o caso de Michael Andretti, por exemplo. O norte-americano foi um dos principais pilotos da Indy no início dos anos 90 e era um legítimo herdeiro do talento de Mario Andretti, norte-americano que foi campeão na F1, em 1978. Porém, a carreira de Michael, na McLaren, em 1993, foi um fiasco: poucos resultados concretos, muitos abandonos e a saída da equipe antes do fim da temporada. Nunca mais retornou ao cockpit de um F1.

O bom resultado de Bourdias no GP da Bélgica, no último domingo, lhe deu sobrevida. Mas ele está prestes a entrar para o time de ex-pilotos da Indy excluídos da Fórmula 1. Estranha sina esta..

Comentários

Postagens mais visitadas