Precisa correr no Aterro do Flamengo?

Muito se falou, nessa semana que terminou, da possibilidade do Rio de Janeiro voltar a sediar uma etapa da Fórmula Indy já no próximo ano, tudo com o aval do prefeito Eduardo Paes. Mas tem uma coisa que eu não consigo entender, simplesmente não entra na minha cabeça: por que a corrida tem de ser no Aterro do Flamengo - um circuito de rua - se o Rio já tem um autódromo? Aliás, já tinha um circuito oval e simplesmente foi ignorado com as obras do Pan. Passaram por cima, literalmente. É muito desperdício de dinheiro.

Em 1995, o autódromo de Jacarepaguá foi totalmente reformado para receber a Indy pela primeira vez. Foi construída uma pista oval dentro do traçado misto. Até batizaram ao autódromo com o nome de Emerson Fittipaldi. Não durou nem 10 anos.

Quem for ao autódromo de Jacarepaguá, no acesso aos boxes, que há uma placa: Autódromo Internacional Nelson Piquet e Circuito Oval Emerson Fittipaldi - embora este último não exista mais.

Para mim, trata-se apenas de uma febre que mais tarde desaparecerá, como ocorreu na primeira passagem da Indy por aqui. Os circuitos de rua são utilizados quando a cidade em questão geralmente não têm um autódromo próprio ou está em condições tenebrosas. Não seria melhor utilizar o dinheiro para fazer uma reforma geral em Jacarepaguá? Isso mostra o quanto as autoridades se lixam para o único autódromo carioca e com muita história para contar. É de lamentar esse tipo de coisa.

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