O "Red Five"



Poucos pilotos tiveram tantos apelidos na Fórmula 1 quanto o inglês Nigel Mansell. O mais conhecido foi o que consquistou na época da Ferrari: "Leão", por causa de suas atuações (e temperamento) arrojadas. Para os ingleses, o que marcou a carreira de Mansell foi o "Red Five", por ter corrido na Williams com o número 5 em seu bólido pintado de vermelho, diferente de seu companheiro, que usava um 6 comum, pintado de branco.

O tempramento explosivo de Mansell foi uma de suas marcas. Não era raro vê-lo dando murros no volante, após abandonos frustantes, como no GP de Portugal de 91 quando, ao sair da troca de pneus, uma das rodas desprende-se, tirando a corrida e o título daquele ano do inglês. Outro momento do temperamento do Leão aconteceu no mesmo ano, no GP do Canadá: Mansell liderava tranquilamente, até ter uma pane seca a alguns metros do fim da corrida. Foi o suficiente para o Leão dar socos no volante e chorar de raiva.

A mística surgiu em 1985, quando Mansell foi para Williams, após cinco temporadas na Lotus. Naquele ano, o Leão conquistou duas vitórias e foi companheiro do finlandês Keke Rosberg.

Em 86 e 87, Mansell, com seu Red Five, disputou o título, em verdadeiras batalhas épicas contra seu companheiro, o brasileiro Nelson Piquet, e o francês Alain Prost. Nos dois anos, Mansell perdeu o título. O Leão deixou a Williams no fim de 88 para passar duas temporadas na Ferrari.

Mansell voltou com tudo à Williams em 1991. Foi vice, mas continuou no ano seguinte. Em 92, finalmente Mansell foi campeão, mas deixou a Fórmula 1 ao fim da temporada. Com a morte de Ayrton Senna, em 94, o Red Five foi chamado para ocupar o vazio deixado pelo brasileiro. Foi nesta temporada que Mansell conquistou sua última vitória na F1, no GP da Austrália.

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