Webber, o favorito

O australiano Mark Webber foi o primeiro, neste fim de semana, a ganhar quatro GPs no ano na Fórmula 1. Após vencer mais uma vez e chegar à liderança do Campeonato de Pilotos, com uma atuação convincente, Webber chega aos 161 pontos, quatro a mais do que Lewis Hamilton, que abandonou.

Webber correu a maior parte da prova - aproximadamente 40 voltas - com os pneus supermacios, que lhe permitiram abrir dianteira antes de seu pitstop. Uma estratégia bem montada que fez com que ele não fosse alcançado por ninguém. Trocando em miúdos, ele sobrou na prova e o domíno da Red Bull só não foi maior por causa das lambanças de Sebastian Vettel, que mais uma vez largou na pole-position, mas sem conseguir manter a liderança até o fim.

Lambança mesmo, quem poderia ter feito foi Michael Schumacher, que voltou a usar de velhos hábitos. Acho que o alemão não pensa muito nas consequências de seus atos. Ele poderia ter provocado um grande acidente com Rubens Barrichello. É óbvio que os pilotos têm de brigar por suas posições, mas às vezes o heptacampeão passa um pouco do ponto. Foi assim em 1994 e 1997, quando ganhou e perdeu um título, indo às ultimas consequências. Pelo menos, ele perderá dez posições na próxima corrida, o GP da Bélgica, dia 29.

Falando em disputa, Rubens Barrichello merece os parabéns pela coragem e arrojo que teve ao se espremer entre o muro e a pista e tirar a décima colocação de Schumacher. Fato pelo qual homenageio o brasileiro, com a foto desta postagem, tirada momentos antes da ultrapassagem.

Outra lambança que merece destaque foi aquela que ocorreu nos boxes, na volta 16. O mecânico que monitorava a parada de Robert Kubica, não reparou no carro de Vitantonio Liuzzi. O Force India do italiano foi entrar no justo momento em que Kubica saía. Não deu outra: batida dentro dos pits e um quase congestionamento.

Por fim, a corrida teve o vencedor que merecia. Mark Webber é o piloto mais constante e está provando que merece ficar com o título de 2010. Ele quase esteve acabado quando correu pela Williams. Agora, com um carro vencedor, pode mostrar o que sabe. E poderemos ter outro australiano campeão, 30 anos depois.