A magia de Mônaco

Mesmo com todas as suas pistas modernas, a Fórmula 1 não abre mão de um velho conhecido: o Principado de Mônaco. Naquela pista estreita, onde os carros praticamente raspam nos muros, está a magia da mais tradicional prova da categoria. O traçado de Monte Carlo pouco mudou nestes anos todos de prova.

Mônaco tem uma magia que nenhuma outra pista tem. Até mesmo o clima é diferente lá. Em meio à agitação do circo da F1, surgem de vez em quando pessoas famosas, como artistas de cinema e cantores, sem dizer, é claro, na família real monegasca, presente a todos os GPs.

A verdade é que com toda tecnologia existente atualmente, a pista de Monte Carlo é a única que consegue deixar os carros em iguais condições, pois a potência do motor é algo que não conta tanto. Assim, pilotos que não têm máquinas realmente competitivas, conseguem vitórias inesperadas. Quem não se lembra de 1992, quando Ayrton Senna venceu Nigel Mansell, que na época tinha um Williams muito mais poderoso que o McLaren do brasileiro? Pois foi assim que Senna conquistou uma de suas seis vitórias nas ruas de Monte Carlo. O tricampeão é o recordista de vitórias lá.

Mas antes que Senna estabelecesse o recorde, houve um piloto que mandava e desmandava. Seu nome: Graham Hill. O campeão de 1962 e 68 conquistou cinco vitórias e não deu chance a ninguém nos 60 em Monte Carlo. Talvez por isso, fosse a figura principal do cartaz desenhado acima.

Mônaco também tem seus caprichos. Em 1996, quase todos os carros abandonaram a corrida, nas mais variadas - e insólitas - circunstâncias. Só sobraram dois: David Coulthard, com McLaren, e Olivier Panis, com Ligier. Panis venceu, conquistou sua única vitória na F1 e a última de seu time, que no ano seguinte foi vendido para o tetracampeão Alain Prost.

Sim, Monte Carlo tem sua aura. Mais do que uma vitória qualquer, a vitória em Mônaco representa a entrada do piloto no hall dos poucos vencedores do circuito.

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