Alonso, ainda vencedor

Fernando Alonso conquistou hoje uma genuína vitória de piloto campeão na Fórmula 1. Soube se aproveitar das mudanças totais de condições de corrida para superar os adversários e conseguir obter uma vitória animadora para a Ferrari logo na segunda etapa do ano. Foi uma corrida confusa, com muitas dificuldades para os pilotos em pista extremamente molhada e até com uma interrupção – a primeira em um GP da Malásia.

Ponto favorável para Bruno Senna que finalmente fez uma corrida que se espera dele. Soube também se aproveitar das condições adversas e pôde aproveitar o bom momento da Williams. Destaque também da excelente e surpreendente corrida do mexicano Sérgio Perez que, se não fosse uma saída de pista, poderia ter saído da Malásia com a primeira vitória da Sauber. Uma pena.

Agora, eu me pergunto o que está acontecendo com Felipe Massa. Desde que sofreu o acidente com a mola do carro de Rubens Barrichello que o atingiu em 2009, não conseguiu mais ser o mesmo. Não sei se é problema de insegurança ou de autoestima. Mas Massa é reconhecidamente um bom piloto. Li esta semana que ele estaria com o astral lá embaixo por causa da marmelada da Ferrari no ano passado. Se é isso mesmo, precisa ter a personalidade de um bom piloto que é, mandar um abraço para a Ferrari e buscar outra equipe para correr. Lugar não faltará, com certeza. Precisa tomar uma atitude. Se continuar deste jeito, só irá se queimar.

Mas vamos voltar à corrida da Malásia. A Red Bull não fez boa corrida, nem com Sebastian Vettel e nem com Mark Webber. Está sofrendo nesse começo de temporada com um carro que não é tão bom quanto os projetos dos anos anteriores. O curioso é que os carros vencedores de Adrian Newey não conseguem ser vencedores por mais de três ou quatro anos. Foi assim na Williams e na McLaren nos anos 90 e vem sendo assim na Red Bull.

E Michael Schumacher? Não merece o papelão que vem fazendo na F1. Precisa pensar se realmente vale a pena continuar correndo sem ser competitivo. O carro que a Mercedes fez é bem ruinzinho. Não tem velocidade e nem consegue ser competitivo contra adversários mais fortes. Nico Rosberg foi nesta corrida o que vem sendo nas últimas provas: uma mosca morta. Não fede e nem cheira.

A terceira etapa da Fórmula 1 é o GP da China e acontece em 15 de abril. A pista chinesa costuma ter provas agitadas e emocionantes. Que os brasileiros tenham melhor sorte.