GP da Bélgica - os brasileiros

E os brasileiros? Bom, para começar, a expectativa era grande. Mas Rubens Barrichello – Williams – Bruno Senna – Lotus – e Felipe Massa – Ferrari – mais uma vez foram aquém das expectativas. Nesse caso, eu só absolvo Senna, que estava um tempo sem correr e teve dificuldades com o carro preto e dourado. O sobrenome, aliado à memória de um carro vencedor, foi cruel com o jovem piloto. Não sei ele está lidando com estes fatores bem.

Mas é difícil ter de carregar o nome Senna e ainda por cima fazer uma corrida na qual teve em suas mãos aquele carro preto e dourado das Lotus dos anos 80, com o qual o seu tio, Ayrton, obteve a primeira vitória na categoria, não é um peso fácil de lidar. Se torna quase um fardo para o jovem Senna.

Agora vamos aos dois principais brasileiros. Rubens Barrichello vem tendo ainda problemas de se envolver em toques com adversários e parece um problema crônico com o qual poderá ter dificuldades de resolver. Já Felipe Massa, faz tempo que não é mais o mesmo. Desde que sofreu aquele acidente na Hungria, em 2009, não se reencontrou mais e o caminho das vitórias parece cada vez mais longe. Veremos o que será que vai ocorrer daqui para frente.

Analiso duas hipóteses que poderá ocorrer no futuro próximo: Massa trocará de equipe para ver se melhora; Barrichello se aposenta ao fim da temporada desde ano ou a do ano que vem. Aliás, não é de hoje que Stefano Domenicalli vem fazendo críticas veladas ao desempenho da Felipe na Ferrari, notadamente bastante inferior ao do companheiro, Fernando Alonso. É quase uma covardia querer que Massa possa competir no mesmo nível de Alonso – bicampeão do mundo. Mas quem disse que a Fórmula 1 não é um mundo cruel?

A esperança é que tanto Massa quanto Rubinho superem os problemas para voltar a vencer.