A quase vitória de Ivan Capelli

A Itália sempre foi pródiga em produzir pilotos talentosos, rápidos e as vezes até mesmo folclóricos. Mas não era o caso de Ivan Capelli, que pilotou na F1 em equipes como March e Ferrari e Jordan também, se não me falha a memória.. Capelli sempre foi um piloto rápido, mas o curioso é que o auge de sua carreira não foi na Ferrari, foi na March.

Na March, Capelli correu junto com o brasileiro Maurício Gugelmin, entre 1988 e 1991. No ano seguinte, os dois mudaram de equipe: Gugelmin disputou sua última temporada pela Jordan enquanto o italiano assumiu um lugar na Ferrari, ao lado de Jean Alesi.

Mas foi na March que Capelli mostrou o que sabia. Em 1988, ele aprontou ao quase liderar o GP do Japão, com um fraquíssimo March-Judd Aspirado. Capelli estava em segundo, atrás de Alain Prost, da McLaren-Honda Turbo, quando na reta principal tentou passar pelo francês. Foi ousado, mas o carro de Prost falou mais alto.

O grande momento de Ivan Capelli foi no GP da França, em 1990, disputado em Paul Ricard. Naquela corrida, a March adotou uma estraégia suicida para a época: correr sem parar em momento algum para trocar os pneus. Tal estratégia deu resultado, já que em um dado instante da prova, Gugelmin apareceu em segundo enquanto Capelli, estava em primeiro. A dobradinha seria a glória para a March Leyton House.

O sonho durou pouco. Com problemas no motor Judd, o brasileiro teve de parar antes do fim. Prost, que na época estava na Ferrari, passou para o segundo lugar. O motor de Capelli também começou a dar problemas e a TRÊS voltas do fim, ele não teve como segurar Prost e perdeu uma vitória quase certa.

Se tivesse ganho, com certeza seria uma zebra monumental. Mas foi em uma época em que as equipes líderes eram de um grupo muito bem definido com McLaren, Ferrari, Williams e Benetton. Tanto que nesta temporada, as vitórias ficaram distribuídas entre os pilotos destas escuderias.

Ao menos, Capelli tem boas histórias para contar.