A grande emoção dos bastidores

O campeonato de Fórmula 1 deste ano é marcado pelas disputas nos bastidores. Chato começar falando de um torneio esportivo desta forma, mas a verdade é que o Mundial de Pilotos e Construtores de 2007 é recheado de boas histórias de bastidores: briga interna entre companheiros de equipe, espionagem industrial, troca de farpas entre pilotos de duas escuderias rivais. Se fosse um filme, com certeza renderia uma boa história.

Mas na pista, que é onde interesssa, o atual campeonato segue em um marasmo só. Exceção feita somente ao GP da Europa, onde a chuva se encarregou e dar uma bagunçada na prova, fazendo quase todos rodarem e colocando um estreante na ponta. De resto, a mesma história de sempre: posições ganhas no pit-stop; McLaren vs. Ferrari.

Quando começou, o campeonato parecia que iria ser bem emocionante. Na verdade é, já que quatro pilotos venceram corridas este ano. Onde falta emoção são nas corridas. No GP da Hungria, o locutor Galvão Bueno, da TV Globo bem disse: "o problema é que o carro não consegue mais colar no outro". Com isso, os carros se tornaram vítimas de seu próprio avanço tecnológico. Bólidos altamente acertados mas incapazes de permitir ao piloto fazer uma ultrapassagem.

Os bastidores são o que restam ao campeonato deste ano. A falta de emoção do GP da Hungria, com a vitória de Lewis Hamilton - abrindo um precedente para uma verdadeira guerra na McLaren - deixa patente o quanto a F1 precisa resgatar sua emoção. O público quer e o esporte precisa.

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