A primeira vez não se esquece

O Grande Prêmio da Itália, próxima corrida do Mundial de Fórmula 1, é lugar histórico para o Brasil. Foi lá, em 1972, que Emerson Fittipaldi conquistou seu primeiro título mundial, abrindo as portas para que outros brasileiros fossem campeões mais tarde, como Nelson Piquet e Ayrton Senna. Naquele ano, Emerson venceu com a Lotus pintada com as cores da marca de cigarros John Player Special - um carro lindo - que permaneceu na equipe inglesa até 1986.

De quebra, Emerson se tornou o mais jovem campeão mundial com cerca de 24 anos de idade. Ele só foi superado por Fernando Alonso, que em 2005, venceu o título mundial poucos meses mais jovem que o brasileiro.

Os principais adversários de Emerson naquele ano foram o escocês Jackie Stewart, da Tyrrel, o suíço Clay Regazzoni e o belga Jacky Ickxy, ambos da Ferrari. O ano começou complicado com quebras nas primeiras corrida do campeonato, mas Emerson, com equilíbrio e muito talento conseguiu atingir os 61 pontos e levar o primeiro título para casa.

No ano seguinte, Emerson não conseguiu o bi e deixou a Lotus por considerar que o time de Colin Chapman não pudesse mais corresponder às suas expectativas. Desta forma, o brasileiro foi para a McLaren, onde levou o segundo título em 1974.

Hoje, o Brasil tem oito títulos mundiais de Fórmula 1 e foi o único país da América do Sul, até hoje, a ter uma equipe disputando o Mundial de Construtores e graças a quem? Só poderia ser a Wilsinho e Emerson Fittipaldi, que apostaram no projeto da Copersucar a partir de 1975 (com Emerson a partir de 76). Infelizmente, os resultados foram abaixo do esperado e o time brasileiro fechou as portas em 1982.

Mas nada pode tirar o brilho da carreira de Fittipaldi. E tudo começou com o primeiro título naquele GP da Itália de 1972. E já se vão 35 anos...