Os carros mais belos - parte II


Na abertura desta série, sobre os carros mais bonitos da Fórmula 1, falei sobre a Lotus preta e dourada, com o patrocínio da John Player Special. Nesta segunda parte, seria injustiça não lembrar a Copersucar-Fittipaldi, o único carro brasileiro e sul-americano a disputar o mundial de Fórmula 1 até hoje. Mas destaco o carro que correu entre 1976 e 1979, amarelo com as cores do colibri do patrocinador - uma usina sucroalcooleira.

A história da Copersucar-Fittipaldi começou em 1975, quando Wilsinho Fittipaldi, irmão de Emerson, estréia na F1 com seu próprio time. Infelizmente os resultados não foram bons no ano de estréia, mas para o ano seguinte, o time brasileiro teve um importante reforço: o próprio Emerson, bicampeão do mundo.

Na época, muitos criticaram e meteram o pau em Emerson, dizendo que era bobagem correr por uma equipe quase estreante e ainda por cima brasileira. Como se isso fosse crime. Entretanto, durante dois anos, Emerson amargou as posições intermediárias do grid.

Então veio o ano de 1978. Foi nesta temporada que a Copersucar-Fittipaldi conseguiu seu melhor resultado: o 2º lugar de Emerson no GP do Brasil, no Rio de Janeiro. O carro deste ano foi projetado por Ricardo Divilla e conseguiu uma façanha para o time canarinho: ficar à frente de ninguém menos do que a Ferrari no mundial de construtores.

Apesar deste bom resultado, ninguém deu bola para a Copersucar-Fittipaldi. Em 1980, a fábrica de açúcar e álcool decide tirar o patrocínio e a equipe passa a se chamar somente Fittipaldi. Os resultados não foram melhores e ao fim do ano Emerson decide se aposentar da F1.

Com muitas dívidas e poucos recursos, a Fittipaldi se viu obrigada a fechar as portas no fim da temporada de 1982. Foi um belo sonho. Mas bem que poderia ter durado mais.

Comentários

Postagens mais visitadas