O reabastecimento

O piloto Marcos Gomes venceu a etapa de Interlagos (SP), que abre a temporada 2008 da Stock Car brasileira e o que ajudou o jovem piloto de 24 anos conquistar sua primeira vitória foi uma tática durante o reabastecimento nos boxes. Parece que já vi esse filme antes.

Certo, a Stock adotou o reabastecimento neste ano como mais um ingrediente de emoção para as corridas da categoria, que já tem mais de 20 carros e um grid superlotado. Como se já não bastasse, deixaram a equipe voltar a encher o tanque do carro durante parada nos boxes.

Acredito que tal regra é um erro e não deveria ser tomada. Veja a Fórmula 1. Desde que o reabastecimento foi implantado na categoria, em 1994, a emoção das ultrapassagens, o que fazia da F1 o que era, acabou. E com a tática de ultrapassar dentro dos boxes, vieram os sete títulos de Michael Schumacher, que usou e abusou desta tática e detonou qualquer concorrência durante mais de 10 anos.

Para que a Stock vai tomar o mesmo caminho? Adotar o abastecimento faz com que abra-se esta possibilidade de ultrapassar pelos boxes, o que para mim não é emoção nenhuma. As ultrapassagens estavam bem mais interessantes.

Outro fator é a questão segurança. Com o reabastecimento, é preciso tomar atitudes redobradas de segurançs nos boxes. Durante a corrida de hoje, uma câmara "on board" mostrou um mecânico retirando o funil da gasolina do carro. Ao retirar o referido equipamento, gotas de combustível caíram por toda a parte. Só faltou o escapamento, para causar um acidente terrível.

Enfim, o reabastecimento não é a fórmula certa para a emoção. Há outras bem mais interessantes, como as ultrapassagens.

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