Senna fica perto da vitória, mas companheiro bate e tira triunfo em Le Mans

O trio formado pelo dinamarquês Tom Kristensen, o francês Loïc Duval e o escocês Allan McNish venceu as 24 Horas de Le Mans, neste final de semana, em uma prova que ficará marcada pelo acidente fatal ocorrido com o dinamarquês Allan Simonsen, bem no começo da 90ª edição da competição. Simonsen tinha 24 anos e bateu o carro contra o muro a aproximadamente 170 km por hora.

Os três ficaram em primeiro no geral da prova, que inclui outras categorias disputadas simultaneamente. Uma dobradinha dos Porsche 911 RS RSS liderada pelo alemão Marc Lieb, pelo austríaco Richard Lietz e pelo francês Romain Dumas saiu vencedora na categoria GTE Pro. Outro acidente - desta vez, sem ser fatal - impediu o brasileiro Bruno Senna de sair vitorioso nesta categoria. O francês Fred Makowiecki, parceiro de Senna, bateu o Vantage V8 contra o muro, após liderar a maior parte da corrida. "Ele pegou uma parte do asfalto úmido com pneus de seco e perdeu o controle. O carro moeu", explicou Senna.

Bruno e seus parceiros largaram na pole, o inglês Rob Bell caiu para terceiro, mas depois Makowiecki retomou a ponta que Bruno soube conservar em seus dois turnos de três horas. Após ver a vitória bem perto, o brasileiro não escondeu a decepção com o desfecho.
"Nosso carro estava muito rápido e não apresentou qualquer problema. Estávamos parando apenas para mudar os pilotos, trocar pneus e reabastecer. Eu estava com um ritmo bastante bom, virando sempre na casa dos 3m55s", disse.

O final de semana em Le Mans acabou passando ao largo das melhores expectativas da Aston Martin, que está completando 100 anos e tinha a vitória em Le Mans como uma das grandes metas para as comemorações do centenário. A tragédia com Simonsen na véspera atingiu em cheio a equipe.

"Vimos a pancada pela câmara onboard de um carro de trás. Ele bateu muito forte, lateralmente, do seu lado. Aquela curva é feita em quarta marcha. Foi triste demais. Ainda na véspera, fomos juntos para o desfile dos pilotos no centrinho da cidade e brincamos de roubar a chave das scooters dos outros. Ele me disse que tinha uma filhinha de 18 meses e estava feliz. Foi impossível passar pelo local do acidente em todas as voltas e não lembrar dele", completou Bruno.