Acabou...
Acabou mais uma
temporada de Fórmula 1. Sem dúvidas quanto ao dono do ano,
Sebastian Vettel, que ganhou o bicampeonato de pilotos com um pé nas
costas. Sem dúvidas também quanto ao amplo domínio dos carros da
Red Bull, que passearam nas pistas e jantaram todos os adversários,
incluindo a McLaren e a Ferrari, tradicionais equipes que sempre
brigaram entre si pelos títulos de pilotos e de equipes. Note-se que
nos dois últimos anos, foram equipes novas as campeãs da categoria.
Em 2009, foi a Brawn. No ano passado e este, só deu RB.
O que nos leva a pensar
em algo. Será que uma nova ordem mundial está sendo implantada na
F1? Será que as grandes equipes como Ferrari e McLaren já começam
a experimentar um certo ocaso? Nem tanto pela Ferrari, que tem uma
enorme tradição, mais pela McLaren, que andou tendo mudanças
substanciais em sua direção. E um um esporte altamente competitivo
como a Fórmula 1, isso conta, e muito. Afinal, o time inglês
acostumou-se anos e anos com o comando de Ron Dennis, que agora é
apenas o sócio majoritário que acompanhar algumas provas.
Apesar disso, aposto
que as duas grandes da F1 continuarão a disputarem palmo a palmo
durante longos anos ainda. E sempre é bom que apareçam alguns novos
times para bagunçar a ordem, como é o caso da RB e da Brawn, em
2009. Mostra que é possível surgirem novos times que possam ser
competitivos e conseguir disputar com os times já estabelecidos os
títulos de pilotos e de equipes. Há equipes que claramente passam
por um ocaso. Esse é o exemplo da Williams, campeã diversas vezes
mas que hoje não consegue desenvolver um carro que possa dar um
mínimo de competitividade para o time ao longo do ano. Rubens
Barrichello que o diga, afinal teve um caro bem ruizinho nas mãos.
Fez milagres e ainda querem dispensá-lo por estar velho... e trazer
um outro piloto que tenha dinheiro no bolso para investir na equipe.
Já começa a pensar como time pequeno.
Dos brasileiros, o ano
não foi nada bom. Barrichello enfrentou muitas dificuldades. O carro
que teve nas mãos nunca deu a ele possibilidade de poder brigar ao
menos por pódios quanto mais por vitórias. Felipe Massa não obteve
nada de muito produtivo ao longo do ano. Não rendeu o que dele se
esperava e começar a ficar em uma situação pouco confortável na
Ferrari. Embora seja um dos ídolos dos mecânicos com quem trabalha
e ter grande respeitabilidade, a falta de bons resultados começa a
causar um certo peso. A observar sobre o que será em 2012. Apesar de
tudo, é o único nome brasileiro que poderá estar no grid no
próximo ano.
Já Bruno Senna, é uma
incógnita. Teve um bom momento hoje, ao ter uma disputar com direito
a toque de rodas com Michael Schumacher, mas acabou como vilão da
história por ter sido considerado o culpado pelo incidente que
complicou sua própria corrida e a do alemão. Tem vontade, mas será
que isso será o bastante para que a Lotus mantenha ele para o
próximo ano. Tem outros candidatos a vaga e será uma briga árdua.
No próximo ano,
teremos algumas mudanças de nomes de equipes. Tony Fernandez e sua
Lotus verde e amarela perderam a briga na justiça e terão de mudar
de nome. Passarão a se chamar Caterham. Nome bem menos badalado. HRT
e Marussia Virgin também terão modificações nas nomemclaturas.
Bem que a lentidão poderia melhorar um pouco também.
Mas agora é hora de
festa – para alguns – e reflexão sobre o futuro – para outros.
Acima de tudo é hora de férias para a F1. O mercado estará se
movimentando e trazendo novidades para o 2012. Uma aposta que eu
faço, é o retorno dos franceses à F1. E já está na hora de um
brasileiro voltar a ganhar na F1 também.
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