Crise? Que crise?


Atenção: Bernie Ecclestone vai falar. Silêncio no recinto!

Prezados leitores do blog, espero que todos tenham tido um bom natal e um feliz ano novo. Para começar 2009, que marca o terceiro ano de vida deste blog (graças a Deus), comecemos com um assunto espinhoso: declarações de Bernie Ecclestone, presidente da Formula One Management (FOM, sigla em inglês). Toda vez que Bernie abre a boca para dar alguma declaração o mundo do automobilismo estremece, como se as trombetas do apocalipse estivessem próximas a soar. Não é para menos, afinal o chefão da F1 é famoso por declarações polêmicas. A mais recente é sobre a crise econômica mundial e a categoria. Para Bernie, a F1 está "imune" à crise. Que crise? Para Bernie, esta é uma palavra que não existe.

Ok, Mr. Ecclestone. Mas e a Honda? Por que então a montadora japonesa deixou a categoria? Com certeza não é devido a algum capricho de seus dirigentes. A F1 é um esporte que envolve muito, mas muito dinheiro e todo empresário que comanda uma grande montadora como a Honda se vê obrigado a pensar duas vezes antes de colocar seu dinheiro no esporte, apesar de ser reconhecidamente rentável.

Mas agora dizer que a F1 está imune à crise é algo que só mesmo a cabeça de Bernie Ecclestone pode imaginar. Os custos estratosféricos para se manter uma equipe fazem arrepiar o cabelo dos dirigentes das mais ricas montadores. O que dizer então das quase extintas equipes "de garagem"? Para estas, entrar na F1 tornou-se um sonho distante, quase impossível. O salário dos pilotos então, nem se fala.

Então, prezado Bernie, reveja seus pensamentos. Não sou o dono da verdade, mas ninguém está imune à crise. Ninguém.

Em tempo - A Nascar deu adeus à equipe Petty, cujo dono é Richard Petty, sete vezes campeão da stock car norte-americana. O motivo do fechamento? A crise.

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