Depois de Ímola

Ratzemberger morreu em 30 de abril de 94, aos 28 anos. Desde então, a F1 viu mudanças profundas

Há exatamente 21 anos, a Fórmula 1 passava pelo seu maior divisor de águas na categoria, pelo menos no que diz respeito à questão de segurança no esporte. Tudo ocorreu em Ímola, 1994. Em 30 de abril daquele ano, o austríaco Roland Ratzemberger, então piloto da Simtek, perdeu a vida em um acidente na curva Villeneuve da pista italiana. No dia seguinte, era a vez do brasileiro Ayrton Senna.

Logo naquele ano, começaram as mudanças. Entre elas, a limitação de velocidade nos boxes; o aumento da altura da lateral do cockpit, deixando o piloto mais "encaixado" dentro do carro; a adoção da prancha de madeira no fundo do carro, melhorando a dirigibilidade. Tudo isso para corrigir as mudanças bruscas de regras de 1993 para 1994.

Foi também o começo da época das mudanças de regras constantes. A cada ano, as equipes passaram a se acostumar a alterações profundas, até mesmo nas numerações dos carros. Saem pneus slicks, entram pneus com frisos; saem com frisos, voltam os slicks; saem os aspirados; voltam os turbos; aumenta a pontuação; muda os modelos de treinos; e por aí vai.

Mas é inegável que os carros ficaram mais seguros. Depois das mortes de Ratzemberger e Senna, o piloto a se ferir gravemente foi Jules Bianchi, que se acidentou no GP do Japão do ano passado. Este já é o maior período sem acidentes fatais na categoria.

As mudanças de 1994 tinham como objetivo tirar a chatice das corridas da categoria, devolver o controle do carro ao piloto, mas sabemos que tais modificações fracassaram fragorosamente. Até hoje os dirigentes tentam tornar a F1 mais interessante e retornar aos seus dias de glórias, com as grandes corridas do passado. Só que esse é um sonho cada vez mais distante.

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